E se eu te ligar, vai ser para ouvir tua voz; para saber que você me ouve. Para entender, pela tua respiração, a densidade dos meus devaneios que são a forma mais íntima de dizer que ainda te quero.
E se eu te incomodar, vai ser para garantir minha cota de participação na tua vida; para que você não me esqueça, pelo menos, por alguns instantes. Para ser, naquele momento, quem te faz sorrir.
E se eu aparecer, vai ser para te mostrar as minhas marcas de alegria e solidão. Não sei viver só. Também não sou de multidão. Sou de poucos. Sou tua.
E se eu nada fizer, entenda: terei compreendido minha nulidade na tua vida. Terei tomado um gole de vergonha e me atirado no barco da lucidez.
Ou simplesmente, me escondido debaixo do cobertor da saudade.
Lindo. Leio todos os seus textos. Parabéns!
ResponderExcluirObrigada, Aparecida!
Excluir