21 novembro, 2014

Rumos

Vamos fazer assim: você fica aí e eu aqui.

Se nos encontrarmos no meio do caminho, nós vamos seguindo.

Cada um na sua estrada.

Cada qual na sua trilha.

Sem lamentar o leite derramado.

Sem as histórias engraçadas.

Sem a necessidade do sorriso.

Sem a possibilidade do abraço apertado.

Sem trazer falsas emoções.

Sem machucar o coração.

Sem o consentimento de um toque afetuoso.

Sem querer estar perto.

Sem a chance de regresso.

Sem o sentimento que um dia existiu.

Sem o olhar de remorso, desprezo.

Sem lamúrias.

Sem emoção.

Sem expectativas para não haver mais desilusão.

Sem o compromisso de saber cada passo e como anda o coração.

Sem algo que traga ao olhar o tempo passado para não causar comoção.

Agora é assim: cada um no seu rumo.

Sem oi; sem tudo bem; sendo apenas o que nos resta: lembranças e nada.

2 comentários:

  1. Eita.. Tu "lembrasse" outra música daquele Ricardo Arjona - Acompáñame a estar solo. Gosto desta poesia nada piegas, mas realista! Parabéns!

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  2. Vais gostar: https://www.youtube.com/watch?v=Tt4dcREuYb0

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