13 outubro, 2013

366, se fosse bissexto.

Comecei a te amar assim, do nada. De uma conversa totalmente descontraída, você passou a fazer parte do meu presente e de todos os outros tempos verbais que eu poderia conjugar.

Sei que não faz muito tempo, mas não existe tempo cronológico pra quem ama. Pra mim, você sempre esteve aqui. Ia comigo à escola todas as manhãs; enxugou minhas lágrimas na hora de dizer adeus ao meu avô; me rodopiou no ar quando eu passei no vestibular; quando eu consegui meu primeiro emprego, você foi o primeiro a me sorrir. Em todas as etapas da minha vida você se fez presente, mesmo estando no futuro.

Você não era um fantasma, uma alma ou uma energia positiva que me acompanhava; você era aquele aperto no coração, aquela vontade de sorrir que surgia do nada, o nó que apertava a garganta, o conforto que vinha junto com o vento batendo no meu cabelo, até então, longo.

Hoje é mais fácil te perceber. Você é dono de todos os sorrisos e soluços; motivo da maior parte das minhas alegrias e responsável por raivas que somem em dois tempos; ou seria com dois beijos? Faz parte do meu dia seja cinzento, ensolarado ou extremamente frio. Não importa a temperatura, você está sempre disposto a tornar tudo agradável.

Você é meu inquilino nesse apartamento onde só cabe um. Mora em meu olhar, corpo e coração sem pagar aluguel. Nesse presente inconstante e cheio de atropelos, você é a pessoa capaz de me tranquilizar, mesmo com brincadeiras que me fazem sair do sério. Você me perturba com palavras, gestos e com o coração, e isso me faz querer ir além.

Quero que você me leve na bagagem da vida e pra qualquer lugar que você for. Quero ir na contramão do mundo, se essa for a única condição de ter um futuro com você. Não importa se de caminhão, carro, bicicleta ou jangada, na minha viagem sempre haverá lugar pra você. E se o único meio de ir contigo é pela imaginação, eu te empresto uma caneta pra você gravar na pele, todos os dias, o futuro de uma história que começou ontem, mas já faz um ano.


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