25 outubro, 2013

A louca

Hoje, eu tô azeda. Tal qual o gosto do tamarindo. Tô sem paciência pra brincadeira. Minhas piadas têm a acidez de um limão. Humor não é a minha virtude. Meu Ph não tá normal.

Tô sem saco pra historinhas melosas. Nem quando criança, eu gostava de contos de fadas.

Hoje eu não quero dar explicações do que fiz; nem dizer os meus planos pro futuro. Quero viver o agora do jeito que estou. Também tenho direito de não me importar com nada. Não estou sendo mal educada, apenas sincera.

Tô assim porque é impossível estar sociável 365 dias por ano, porque cinza também é uma cor disponível pro uso. Vou deixar o azul pra amanhã.

Hoje tô de short, regata, chinelo e cabelo amarrado. Tô nem aí pra minha anatomia e beleza. Tô querendo dançar solta num salão vazio. Quero rodopiar até cair.

Tô ríspida. Tô preparada pro bote. Tô pronta pro ataque. Tô à espreita. Tô na minha até os dez primeiros minutos do filme. Tô com o dedo no gatilho. Duvida?

Quem nunca esteve assim, melhor nem atirar a primeira pedra. Sou capaz de retribuir a pedrada.

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