*Para Gilberto
Por quê? Por que comigo? O que fazer? Quem escolher? A quem
não mais amar ou amar ambos?
As perguntas surgem de todas as partes e as respostas não
estão escritas na linha do horizonte. Não me culpem por amar demais, por ter
tanto amor para oferecer. Eu não escolhi isso. Surgiu de repente! Quem
gostaria de ser julgada, apontada na rua, ser motivo de bochichos nas festas,
lugares?
Nunca quis amar os dois, nunca quis estar com o coração
dividido por dois. Mas eles não são normais: um me fez bem, o outro me faz
feliz. A um eu quero ter por perto; do outro quero estar junto. Um chegou na
carência, outro na alegria. Ambos me completam, preenchem lacunas de um vazio
que habita em mim. Mas meu coração tem um inimigo: minha consciência. Ela não
aceita esse comportamento, ela me manda escolher, tomar vergonha na cara e
seguir com um deles.
E por que não os dois? Porque as pessoas só podem ter um
namorado; só um pode ser apresentado à família; só um com direito a foto no
porta-retrato; porque só a um a mão estará dada; porque só a um devo dizer que
amo, ao menos, em voz alta.
Enquanto não sei o que fazer, peço ajuda aos próximos, tento
a sorte, faço lista de prós e contras... De verdade, com toda essa sinceridade
que habita em mim, gostaria mesmo que me viesse um terceiro. Sou ótima em melhor
de três.
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