22 setembro, 2013

Explicações

Ah, eu não queria ter medo de amar, menina! Eu queria deixar-me ir em você. Sim, eu queria.

Mas eu tenho medo, por isso me esquivo. Por isso me faço líquido. Temo em me perder.

Gostaria de poder me envolver em você como se nada nos fizesse mal. Como se eu não pudesse me machucar. Como se a dor que ficasse depois fosse um nada perto do que existiu.

Ah, menina! Nem sempre a vida é como pensas. Nem sempre o amor é doloroso. Posso estar enganado, mas é melhor sentir a dor de amar que nunca senti-la.

Não sabia que, ao te ver, sentiria essa felicidade repentina. Que o meu sorriso poderia vibrar e minhas mãos suarem.

Mesmo sentindo isso, eu corri. Corri porque tive medo de encontrar em você aquilo que eu procurava.

Olha, menina, não é tão fácil esquecer um medo, um passado. Não te lastime, nem inquieta teu coração. Deixa que o tempo passe e eu fique em paz.

Deixe-me sossegar o coração e desfazer planos de um passado que ainda me consome.

Deixe-me ir, pois como o tempo - velho companheiro de caminhada-, o medo pode escapar também e, quem sabe, seguirei tranquilo.

Ah, menina...

Quero seguir pensando que ainda não tive outra chance de ser e fazer feliz. Quero pensar que foi mais uma tentativa que trouxe alguns benefícios e outras complicações.

Deixa eu pensar que meu medo pouco mudou e que eu ainda sei seguir sozinho.

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