13 junho, 2013

Fraca e incapaz

Eu não preciso te procurar nas coisas. Você está mais presente na minha vida que eu mesma.

Não consigo esconder minha felicidade depois de te ver numa canção; de ouvir tua voz numa frase de comercial; de sentir teu cheiro na minha roupa lavada.

É impossível não chegar o inverno e eu não lembrar de você. Por quê? Porque vocês dois não combinam. Porque eu lembro você reclamando do frio insuportável. Mas eu adorava o inverno ao teu lado porque eu era teu cobertor, tua lareira. Te livrei da hipotermia várias vezes.

E que digam todos que ainda não te esqueci. Não negarei. Me chamem de fraca; admito ser.
Não esqueço do dono da voz que me embalava; do responsável por me entorpecer com seu cheiro e daquele que me fazia ver o infinito através dos seus pequenos olhos.

Gosto de ser fraca e incapaz.
Não sou capaz de tirar da minha mente a pessoa que me fez sonhar com um mundo em que apenas eu era a responsável por fazer feliz quem eu mais amava.

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